QUANDO DÓI O CORAÇÃO...
Quando dói o coração todo o corpo dói, por que permitimos que as pessoas entrem assim tão dentro da gente a ponto de saírem carregando um pedaço de nós quando partem? Porque nos damos tanto, nos entregamos tanto, nos deixamos tanto em mãos não tão cuidadosas dos nossos sentimentos?
Deveríamos aprender a ficar na margem, olhando de longe a paisagem calma e nos satisfazer dessa visão, como quem se fascina com uma miragem.
Mas não nos satisfaz olhar, humanos que somos, precisamos absolutamente sentir ao risco de nos afogar... e mergulhamos inteiramente.
E, vida afora, vamos mergulhando em promessas de amor eterno, felicidade infinita e mar de rosas. Não nos questionamos sobre probabilidades de perdas e decepções, pois só de pensar já é doloroso.
Dói... dói... dói e dói!...
Mas isso não vai nos impedir de continuar, não vai nos impedir de viver.
Pedaços de nós são ainda partes de nós e ninguém disse que precisamos chegar à velhice inteiros e sem marcas.
Isso é vida! Não desistir, manter-se de pé, doendo, mas de pé, cabeça erguida na direção do desconhecido e peito cheio de esperança que a próxima vez será diferente.
Grandes artistas obtiveram o melhor das suas obras nos grandes momentos de aflição e dor.
Faça o mesmo: Mostre o que de grande há em você tirando partido das suas decepções!
Construa-se!
Tenha em mente que não é você que não foi digno daquele amor, mas aquele amor que não foi digno de você. E se faz parte da vida caminhar entre flores e espinhos, não se esquive do caminho.
Caminhe!
Amanhã talvez seja diferente, e talvez não. Mas entre as subidas e descidas, você vai ter sobrevivido.